Grupo C: A soberania inglesa
A terceira chave da Copa do Mundo, assim como o grupo B também não deve ter grandes surpresas. A Inglaterra encabeça o quarteto que ainda tem EUA, Argélia e Eslovênia. Quatro seleções brigando por duas vagas. Um caminho aparentemente tranqüilo para a classificação do time da rainha. Vamos as equipes:
Inglaterra: É a favorita absoluta do grupo. O “English Team” de Fábio Capello tem grandes estrelas como John Terry (Chelsea), Steven Gerrard (Liverpool), Peter Crouch (Tottenham) e Wayne Rooney (Manchester United), entre outros. Terá maior dificuldade, teoricamente, contra os EUA na estréia. Porém é de longe a melhor seleção da chave e uma das favoritas ao mundial.
Pontos positivos: A seleção inglesa têm jogadores habilidosos e um sistema de marcação que vem convencendo bastante. Os times treinados por Fabio Capello sempre jogam de forma ofensiva, porém com forte marcação. A jogada aérea é um dos trunfos desta seleção, apontada pelos críticos, como uma das favoritas a taça.
Pontos negativos: Não é de hoje que a Inglaterra entra em mundiais como seleção favorita e decepciona ficando pelo caminho. Nas últimas copas tem sido eliminada sem chegar sequer as semifinais. Precisa lutar contra este dilema se deseja chegas a fase final do torneio e tem nessa chave, aparentemente fácil, uma grande oportunidade de encaixar seu jogo para as fases seguintes.
EUA: Deverá ser o adversário mais difícil na vida dos ingleses. A seleção foi vice-campeã na Copa das Confederações e pretende surpreender neste mundial. O técnico Bob Bradley convocou jogadores experientes como o meia Donovan, considerado craque do time. A curiosidade é a presença entre os convocados do carioca naturalizado norte-americano Benny Feilhaber, de 25 anos. O meia joga na seleção desde 2007.
Pontos positivos: O time dos EUA vem numa crescente nos últimos anos. Antes era uma equipe fácil de ser batida e considerado adversário fácil em qualquer outra situação. O segundo lugar na Copa das Confederações consolidou o belo momento vivido pelos americanos que na ocasião derrotaram a poderosa Espanha. É apontada como a segunda força deste grupo.
Pontos negativos: A defesa ainda possui problemas. No último amistoso disputado o time de Bob Bradley perdeu por 4 x 2 para a Republica Tcheca que não estará neste mundial. O time ainda precisa encontrar o seu melhor futebol para derrotar a seleção inglesa, primeiro adversário na África.
Argélia: Rabah Saadane convocou apenas três atacantes em todo o grupo de 23 atletas. Um indício de que a defesa será o grande trunfo dos argelinos para chegar a segunda fase. A equipe estréia contra a Eslovênia e precisa de um bom resultado para buscar a tão sonhada vaga na segunda fase. O zagueiro Djamel Mesbah que atua no futebol italiano e o meia atacante Karim Ziani (Wolfsburg-ALE), estão entre os destaques.
Pontos positivos: A marcação da Argélia é muito forte e os jogadores chegam a exagerar em alguns momentos. O time joga duro e apesar de não marcar muitos gols tem sofrido poucos também. Este pode ser o caminho para segurar a Inglaterra, segundo adversário na fase de grupos.
Pontos negativos: Se a defesa consegue comportar-se com certa eficiência, o ataque não produz. O time ataca mais pelo alto e mesmo assim não tem tido grandes resultados. Os gols serão necessários para a classificação dos africanos que chegaram ao mundial de forma sofrida numa repescagem contra o Egito.
Eslovênia: Considerada a terceira força do grupo, ao que tudo indica, brigará contra os EUA pela segunda vaga. O comandante Matjaz Kek tem no seu grupo jogadores experientes como o goleiro Handanovic (Udinese-ITA), e o meia Birsa, do (Auxerre-FRA). O jovem Krhin, de apenas 20 anos e destaque na Inter de Milão, campeã da Champions Ligue também estará no mundial.
Pontos positivos: O time valoriza a posse de bola e possui conjunto bem armado e que sabe sair com velocidade. A defesa é sólida e num dos últimos o time se apresentou bem e goleou o Qatar por 4 x 1. Além disso, vale ressaltar que a Eslovênia é de uma escola tradicional do futebol, oriunda da ex- Iugoslávia, sempre detentora de boas seleções.
Pontos negativos: Apesar de ter marcado 4 gols no último amistoso, o sistema ofensivo da Eslovênia é deficiente e não consegue consistência. Apostar todas as fichas na defesa pode ser um erro fatal para as pretensões do time de Matjaz Kek.
Força & Honra a Todos
Marcos Lodi
Jornalista e Moderador Mafia Canarinho
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