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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sul-americanos são maioria nas quartas: veja a análise dos jogos

Pela primeira vez desde 1930, quatro seleções da América do Sul estão entre as oito melhores da Copa do Mundo. Europa tem três representantes


Força sul-americana: Kaká, Roque Santa Cruz, Forlán e Messi continuam na briga pelo título na África do Sul


A fase de quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul foi formada nesta terça-feira e já é histórica. Pela segunda vez em 19 edições, os sul-americanos são maioria entre os oito melhores times do Mundial. Feito que só ocorreu em 1930. Brigam pelo título quatro equipes da América do Sul, três da Europa e uma da África. É quase uma repetição daquela Copa. A diferença é que na ocasião havia um norte-americano na disputa e não um africano. Na África do Sul, os confrontos que vão decidir os semifinalistas são Uruguai x Gana, Holanda x Brasil, Argentina x Alemanha e Espanha x Paraguai. Das cinco seleções sul-americanas que iniciaram a competição, apenas o Chile foi eliminado. Perdeu para a seleção brasileira nas oitavas por 3 a 0.

Só o duelo entre Uruguai e Gana será inédito. As equipes jamais se enfrentaram, nem mesmo em amistosos. Em contrapartida, dois encontros clássicos de gigantes prometem. Holandeses e brasileiros e argentinos e alemães são velhos conhecidos e vão se cruzar. Confrontos que serão carregados de emoção.


Com base nas estatísticas divulgadas pela Fifa e levando em conta as notas dadas aos atletas pela equipe do GLOBOESPORTE.COM, foi feita uma análise de cada uma das partidas. Conheça algumas das características das equipes e os jogadores que são considerados destaques.

Sexta-feira, 2 de julho - Estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth - 11h (de Brasília)


Brasil e Holanda se enfrentaram três vezes em Copas. A vantagem é verde e amarela. Em 1974, no Mundial da Alemanha, a fantástica Laranja Mecânica venceu nas semifinais por 2 a 0. Em 1994, nos Estados Unidos, a seleção deu o troco nas quartas: 3 a 2. Quatro anos mais tarde, na França, um novo embate com vitória brasileira. Pela semifinal, depois de um empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, a vaga foi conquistada nos pênaltis (4 a 2).

Brasileiros e holandeses têm números parecidos na Copa 2010. O ataque do time de Dunga leva ligeira vantagem nos gols marcados: oito contra sete. As defesas também se equivalem. Foram dois gols sofridos para cada lado. No entanto, o Brasil desarma mais (33 a 19).
Sexta-feira, 2 de julho - Estádio Soccer City, em Joanesburgo - 15h30m (de Brasília)


Uruguai e Gana chegam às quartas de final fazendo história. Após 40 anos, a Celeste volta a figurar entre as oito melhores seleções do planeta. Do outro lado, pela terceira vez uma seleção africana alcança esta fase. Gana tem agora a missão de ir além, já que Camarões, em 1990, e Senegal, em 2002, foram eliminados justamente quando estavam nas quartas.

Será o confronto da raça contra a força. Os sul-americanos, com a dupla ofensiva Suárez e Forlán, têm um ataque mais positivo. Foram seis gols marcados contra quatro dos africanos. A defesa uruguaia também tem sido melhor: sofreu um gol, equanto Gana levou três. Comandados por Gyan e Prince Boateng, os Estrelas Negras aliam explosão física e velocidade.

Sábado, 3 de julho - Estádio Green Point, na Cidade do Cabo - 11h (de Brasília)



Ao lado de Brasil x Holanda, o clássico é sem dúvida a grande atração da próxima fase. A bicampeã Argentina e a tricampeã Alemanha decidiram a Copa do Mundo duas vezes. São cinco confrontos no total, com três vitórias dos europeus, uma dos sul-americanos e um empate.

A primeira vez que mediram forças foi no Mundial de 1958, na Suécia. Os alemães venceram por 3 a 1. A segunda ocorreu em 1966, na Inglaterra, e o resultado foi um empate sem gols. Vinte anos depois, no México, o jogo decidiu a Copa pela primeira vez. A Argentina de Maradona venceu por 3 a 2 e chegou ao seu segundo título. Em 1990, um reencontro. Em nova decisão, a Alemanha se vingou com uma vitória por 1 a 0 e sagrou-se tricampeã.

A próxima partida será uma reedição das quartas de final da Copa da Alemanha. No Mundial passado, os anfitriões encararam os argentinos e ficaram no empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação. Na disputa de pênaltis, o goleiro Lehmann defendeu as cobranças de Ayala e Cambiasso e os alemães venceram por 4 a 2.

Argentinos e alemães têm os ataques mais positivos entre os oitos sobreviventes. Os comandados de Maradona fizeram dez gols, enquanto a equipe do técnico Joachim Löw marcou nove. Se Messi, Tevez e Higuaín desequilibram do lado sul-americano, Müller, Özil, Podolski e Klose têm feito a Alemanha encantar não só pela tradicional eficiência tática, mas pelo futebol vistoso.

Sábado, 3 de julho - Estádio Ellis Park, em Joanesburgo - 15h30m (de Brasília)


Espanha e Paraguai se enfrentaram duas vezes em Copas do Mundo. A vantagem é da Fúria. Em 1998, na França, houve um empate sem gols na primeira fase. Quatro anos mais tarde, na Coreia do Sul e no Japão, as seleções caíram novamente na mesma chave. Os espanhóis venceram por 3 a 1.

Na África do Sul, a Espanha não tem como fugir do favoritismo. É a primeira vez que os paraguaios chegam tão longe. Não têm nada a perder. Ao contrário do time de Vicente del Bosque, que chegou favorito. Apesar do susto na estreia (perdeu para a Suíça por 1 a 0), a seleção se recuperou e eliminou Portugal nas oitavas.

O conjunto ofensivo é o grande trunfo da equipe para remar contra a fama de amarelona. Do meio para frente, só craques: Xabi Alonso, Xavi e Iniesta na armação, e Fernando Torres e Villa no arremate. Não vai ser tão simples combater a forte defesa paraguaia. Em quatro partidas, o time sofreu apenas um gol. E mais: foram 72 faltas cometidas pelos sul-americanos. Prova de que eles não deixam o jogo correr.

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