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terça-feira, 29 de junho de 2010

Dunga elogia a Holanda e diz que conversará com Kaká sobre cartões

Após vitória sobre o Chile, técnico do Brasil já pensa nas quartas de final



Depois da missão cumprida nas oitavas de final da Copa do Mundo, o técnico Dunga já está de olho na Holanda, adversária da seleção brasileira na sexta-feira, em Porto Elizabeth. Durante a entrevista coletiva que concedeu após a vitória por 3 a 0 sobre o Chile, em Joanesburgo, o treinador elogiou o próximo rival que o Brasil terá na luta pelo hexa.


- A Holanda tem uma equipe boa, sólida. Sempre faz ótimos jogos e tem qualidade técnica parecida com a sul-americana. Eles mantiveram a tradição de formar boas seleções, e nós temos que estar prontos para enfrentar isso.

O comandante do Brasil também mostrou preocupação com Kaká, já que o camisa 10 levou mais um cartão amarelo no Mundial. Na primeira fase, ele já havia sido expulso contra a Costa do Marfim.

- É um problema, sim. Mas isso é um equívoco nesta Copa. O jogador técnico é punido, e quem faz faltas seguidas é agraciado. Isso começou lá contra os africanos (da Costa do Marfim). Mas temos que conversar com o Kaká. Daqui para frente, cada jogo é uma decisão. Mas dentro de campo não podemos nos preocupar muito com esse aspecto.

Confira outros importantes trechos da entrevista coletiva de Dunga


A atuação brasileira contra o Chile

- Nós temos que melhorar em todos os sentidos. Mas destaco a dedicação em termos de marcação e o comprometimento que eles tiveram de correr tanto quanto o Chile quando nós estávamos sem a bola. O time do Chile sabe virar bem o jogo, o time deles se movimenta o tempo todo, mas nós soubemos aproveitar as oportunidades. Em Copa, tem que aproveitar as chances que aparecem. Aí o jogo se torna mais aberto.

Joanesburgo, só em possível final

- (A saída de Joanesburgo) Interfere, pois nós estávamos bem habituados ao hotel. O ambiente era favorável para a preparação. Agora nós teremos que conviver em um hotel com mais gente, mais confusão, e teremos que superar essa situação. Era melhor permanecer neste, que nos dava uma ótima condição para treinar. Agora vamos passar por outra realidade (em Porto Elizabeth).

Ausências de Elano e Felipe Melo

- Em uma Copa, o jogador não pode temer um lance de maior força, de dividida. Nós os colocamos em campo no treino, mas eles estavam presos. Por isso, optamos por jogadores em melhores condições. E eu confio em todos os que estão aqui.

A opção por Ramires e quem enfrenta a Holanda (o meia está suspenso)

- O Chile tem uma equipe baixa e rápida, jogadores agressivos. E nós montamos o time de acordo com o adversário. Minha programação agora é descansar, e depois vou pensar no que farei na próxima partida.

Daniel Alves

- É uma satisfação poder contar com ele. Quando eu falo em comprometimento, aí está o resultado. O Daniel é versátil. Eu conversei com ele sobre escalá-lo em diversas posições. Quis saber se ele estava chateado. Ele me disse que, não o escalando no gol, em qualquer outra posição ele poderia jogar. É um jogador agressivo, soube aproveitar sua oportunidade, e nós ficamos felizes com essa mentalidade.

Maturidade da seleção

- Basta um olhar que os jogadores já compreendem o que você quer. Estou muito feliz de trabalhar com esse grupo. A equipe mostrou uma maturidade muito boa. Basta treinar uma ou duas vezes que eles assimilam o que você quer, e eles se recordam do que é falado nos treinos. E também têm a liberdade de falar conosco.

Preparo físico de Kaká, Luis Fabiano e demais jogadores

- Kaká e Luis Fabiano não tiveram desgaste (estavam machucados no primeiro semestre), mas também não tinham ritmo. Nós tivemos que fazer um trabalho elaborado com eles. O Kaká se apresentou antes e fez uma preparação apurada. E esse jogo era complicado. Foi muito próximo do anterior. Às vezes as pessoas não entendem o motivo de nós diminuirmos o ritmo dos treinos. Isso é para recuperar os jogadores. Preciso falar para eles dormirem cedo, para não ficarem até tarde no computador, para terem uma alimentação especial. E esses caras gostam de treinar, de estar com a bola. Mas temos que frear essa empolgação deles.

O que esperar da Copa daqui em diante?

- Daqui para frente todos os jogos serão bonitos, mas estressantes. E quem estiver melhor vai passar.

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