Grupo D: Uma chave candidata ao grupo da morte
Analisando o grupo D percebe-se, inicialmente, a vantagem e favoritismo dos tricampeões alemães. Porém a presença de seleções ousadas e bem tecnicamente exigirá deles uma postura digna e forte como manda o bom futebol germânico. Caso contrário o grupo pode se tornar uma armadilha das mais complicadas para os cabeças de chave. Vejamos o porquê.
Alemanha: É a seleção favorita e tem no currículo nada menos que três títulos mundiais. Apesar da ausência de Ballack, outros jogadores de peso como Miroslav Klose (Bayern de Munique), Thomas Müller (Bayern de Munique) e Bastian Schwensteiger (Bayern de Munique), estarão firmes e presentes no time do técnico Joachim Löw. O brasileiro naturalizado alemão Cacau está convocado e aparece bem no ataque. A estréia da Alemanha será contra a Austrália.
Pontos positivos: Além de toda a tradição, o time alemão é consistente e joga de maneira forte e decisiva. As jogadas aéreas são sempre perigosas. O meio campo toca bastante a bola com jogadores se movendo por todos os lados do campo. Um time forte e sempre favorito as finais. Aposta no artilheiro Klose para marcar muitos gols.
Pontos negativos: O corte de Ballack deixou a seleção em alerta. Realmente vale ressaltar que o jogador era considerado o grande astro do time de Joachim Low. Veremos como se comportará a Alemanha sem o seu principal armador logo na estréia contra a defensiva e aplicada Austrália.
Austrália: Aparentemente uma seleção coadjuvante. Realmente não é favorita sequer a conseguir uma das vagas do grupo. Porém, na última copa, em que estava no grupo do Brasil, realizou boas partidas e se classificou para as oitavas sendo eliminada pela Itália com penalti duvidoso no fim da partida. Portanto o time de Pim Verbeek, não pode ser excluído do grupo de “candidatos” a grata surpresa do mundial. Destaque para os jogadores Mark Bresciano e Josh Kennedy. Logo na estréia, enfrentam a poderosa Alemanha.
Pontos positivos: Uma seleção que sabe se defender bem. O time sofreu poucos gols nas eliminatórias e tem feito bons amistosos. Este equilíbrio australiano pode render bons frutos na busca pela classificação.
Pontos negativos: Assim como os alemães, a Austrália sofre com a perda de jogadores importantes. Rhys Williams, promessa de 21 anos que joga na Inglaterra se contundiu e não se recuperou a tempo. O zagueiro era um dos melhores do elenco e fará falta no mundial. Somado a isso, a inexperiência da equipe em momentos decisivos pesa bastante em se tratando de um grupo que além da Alemanha, têm as presenças de Sérvia e Gana.
Gana : Ao meu ver, é a grande força africana deste mundial. Apesar da ausência do volante Essien que joga no Chelsea, o técnico Milovan Rajevac tem jogadores velozes e habilidosos como Kwadwo Asamoah (Udinese/ITA), Dominic Adiyiah (Milan/ITA) e a estrela da equipe e destaque na Inter de Milão, Sulley Muntari. O 4-4-2 ganês investe nas jogadas pela linha de fundo posicionando seus jogadores numa linha de marcação dentro do campo adversário. A estréia contra a Sérvia será um jogo decisivo para as ambições de Gana nesta copa.
Pontos positivos: A equipe é veloz e tem jogadores com experiência internacional. A torcida africana sempre ajuda muito e o estimulo das arquibancadas será importante para a seleção de Gana que terá pela frente adversários fortes como Sérvia e a favorita Alemanha. O contra-ataque rápido é uma das armas dos comandados de Milovan Rajevac.
Pontos negativos: Assim como as demais seleções africanas, o ataque funciona bem, mas a defesa ainda deixa muito a desejar. O time joga em linha e vira presa fácil para seleções que sabem sair jogando de forma rápida e no erro do adversário. Gana precisa corrigir esta inocência defensiva para chegar longe no mundial.
Sérvia: Uma equipe competitiva. Assim podemos definir a equipe sérvia que vêm de uma escola iugoslava, conhecida pela habilidade e entrega de seus times. O técnico Radomir Antic leva para esta copa jogadores experientes como o zagueiro Vidic, do Manchester United, e o meia Dejan Stankovic, do Inter de Milão. Além disso, merecem destaque Radosav Petrovic (Partizan Belgrado) e o atacante de 2,02m Nikola Zigic. Uma equipe aplicada e habilidosa. Pode surpreender positivamente e para isso precisa superar na estréia a força do futebol de Gana.
Pontos positivos: A habilidade da equipe que valoriza a posse de bola é trunfo de Radomir Antic. O time é daqueles que não sente pressão e joga de maneira equilibrada. Os jogadores se posicionam bem e a marcação é feita em blocos. Dará bastante trabalho aos alemães e tem boas condições de vencer Gana e Austrália. Há quem diga que é a segunda força do grupo, superando os africanos.
Pontos negativos: Como possui jogadores mais velhos, apesar da experiência, percebe-se um desgaste da equipe principalmente no segundo tempo. Somado a isto, no ataque, apesar de contar com o jogador mais alto do mundial Nikola Zigic, medindo mais de 2m de altura, a jogada aérea dos sérvios não tem funcionado. A equipe já não marca há três jogos amistosos. Um problema que precisa ser resolvido se quiser avançar as oitavas.
Força & Honra a Todos
Marcos Lodi
Jornalista e Moderador Mafia Canarinho
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