Curitiba ganha mais 30 dias para apresentar as garantias financeiras da obra no estádio. Caso contrário, corre sério risco de não abrigar o Mundial
Arena da Baixada pode ficar fora da Copa de 2014
A exclusão do Morumbi da Copa de 2014, anunciada quarta-feira pelo comitê local, ligou de vez o sinal de alerta em Curitiba. Assim como a praça de esportes do São Paulo, a Arena não conseguiu dar as garantias financeiras exigidas para se manter no projeto do Mundial. Porém, o estádio do Atlético-PR ganhou 30 dias extras para se adequar.
O clube paulista já havia modificado o projeto seis vezes para reduzir investimentos, mas não conseguiu apresentar a viabilidade econômica, na ordem de R$ 600 milhões. Apesar da ameaça, o gestor da Copa em Curitiba, Luiz de Carvalho, ressalta a diferença entre o projeto da Arena e do Morumbi.
- A proposta deles era para abertura da Copa. Não podemos comparar com o nosso - disse Carvalho.
Para tentar contornar o problema, o governador Orlando Pessuti declarou que passará a agilizar o processo.
- Acredito que no máximo em 15 dias, e não nos 30, tudo estará resolvido. O estado e a prefeitura estão cumprindo tudo. O Atlético prometeu entregar o estádio completo, embora seja verdade que nos comprometemos a ajudar a achar investidores - admitiu o governador.
Desde a candidatura da cidade, muito se discute quanto ao projeto da Baixada. Em maio de 2009, a Arena foi anunciada a praça esportiva da cidade para a Copa, em detrimento à ideia encampada pelo ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, para o Pinheirão.
De lá para cá, a mudança na política interna do Atlético e a ausência de um acordo entre estado, prefeitura e clube deixaram o cenário cada vez mais nebuloso.
Enquanto isso, projetos paralelos foram aparecendo. Primeiro, um estádio novo para o Coritiba, deixado de lado pela antiga diretoria. Depois, uma maquete divulgada pelo Paraná, para uma reforma na Vila Capanema, que acabou não saindo do papel. E, no final de 2009, o ex-presidente do Atlético Mário Celso Petraglia sugeriu a construção de um estádio conjunto entre Furacão e Coxa, a Arena Atletiba, rejeitada pelas duas diretorias.
Mais recentemente, a atual diretoria do Coxa divulgou a intenção de construir um novo estádio com a empreiteira Andrade Gutierrez, mas que não seria para a Copa. Ao longo desse período, falou-se em duas soluções para a Arena: aplicar a lei de potencial construtivo, sugerida pela prefeitura e rejeitada pelo clube, e a possibilidade de a Copel comprar o naming rights do estádio, patrocinando em R$ 40 milhões a obra.
Fora isso, nada saiu do campo da sugestão. Tampouco, chegou às mãos do estado. O ministro do Esporte diz que Curitiba ainda está nos planos para o Mundial. Mas manda um recado.
- O problema é viabilidade econômica. Quem paga para ver pode ver demais. Curitiba precisa prestar atenção, tomar cuidado e encaminhar uma solução - alertou.
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