A única penitência pública foi deitar-se no gramado e fazer flexões. No restante do (pouco) tempo de treino que o Flamengo permitiu acompanhar, Adriano agiu naturalmente, como em outro recreativo qualquer. A ausência na convocação para a Copa do Mundo o arrasou, como disseram amigos, mas o atacante deixou a tristeza fora de campo.
O Imperador sorriu em diversos momentos, ensaiou jogadas de efeito, jogou água em Bruno e terminou o rachão pulando abraçado aos companheiros. Vitorioso, pelo menos na brincadeira.
- Ele precisa alertar que algumas coisas necessitam mudar. Que essa crise sirva para amadurecê-lo – disse o psicólogo Paulo Ribeiro.
O integrante da comissão técnica rubro-negra conversou por muito tempo com Adriano antes de a atividade começar. As falhas de comportamento que o fizeram ficar fora da lista, obviamente, foram citadas.
- Ele não está arrependido, mas reflexivo – declarou Paulo.
Os jogadores seguiram direto para a concentração. Adriano deixou o CT dirigindo o próprio carro e sem dar entrevistas. Segundo a assessoria de imprensa, o clube e o próprio jogador entenderam que não é o momento de ele se manifestar.
Afinal, o Flamengo tem uma partida importante nesta quarta-feira, pelas quartas de final da Taça Libertadores contra o Universidad de Chile, no Maracanã. Em um primeiro momento houve comoção geral do grupo com a situação de Adriano, mas aos poucos, acompanhando a reação dele, a preocupação diminuiu.
- Só dei um abraço rápido nele. O Adriano está chateado, mas sabe da capacidade que tem. E agora está pensando apenas no Flamengo e no jogo de amanhã (quarta) – disse Kleberson, o representante rubro-negro na lista dos 23 nomes divulgados pelo técnico da seleção.
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