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domingo, 8 de agosto de 2010

Diplomata Mano: 'É importante aproximar o time do torcedor'

Treinador prega uma nova relação entre a Seleção, torcida e a imprensa

Grêmio, Corinthians e Seleção Brasileira: as principais conquistas de Mano Menezes


À beira do campo, gritos, braços abertos, reclamações, orientações... Fora dele, o apreço pela leitura, pela música, por um bom vinho, muita discrição e paciência nas entrevistas. Esse é Mano Menezes, novo técnico da Seleção Brasileira. Seu estilo, aliás, parece ser o que a CBF realmente queria para essa transição, muito embora a primeira opção tenha sido por Muricy Ramalho, do Fluminense. Afinal, diplomacia e tato serão essenciais ao comandante da Seleção nos próximos quatro anos.


Claro, a principal missão de Mano no comando do time será renovar o grupo para tentar o hexa na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e o inédito ouro nas Olimpíadas de Londres. Mas não só: a CBF quer recuperar a sua imagem e a da Seleção Brasileira. Isso passa por reaproximar o time da torcida e também melhorar o relacionamento com a imprensa, que não foi dos melhores com Dunga.

Desde o dia 24 de julho, quando anunciou seu “sim”, Mano tem dado mostras que está preparado para assumir também as funções diplomáticas que o cargo agora exigirá. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o treinador indicou que o novo caminho a ser seguido será algo como uma interseção entre 2006 e 2010. Ou seja, nem liberdade excessiva, nem a clausura total dos jogadores. Ele pregou também a reaproximação entre o povo brasileiro e a equipe.

- Em 2006 discutiram muito sobre a derrota na Copa e se a maneira aberta como a preparação foi conduzida influenciou. E por isso se fechou tudo (para a imprensa) no último Mundial. Mas também não ganhamos. Acredito que todos estão mais maduros para essa nova relação - disse, antes de lembrar. - É importante aproximar o time do torcedor.

Confira, abaixo, a entrevista com o treinador.

Você ficou assustado ou surpreso com a repercussão da sua contratação?


Em termos de Seleção Brasileira, eu não tinha parâmetro. Mas cada vez mais as coberturas são maiores para todos os eventos. E o técnico da Seleção é um evento importante. Eu entendo isso, embora às vezes ache um pouco demasiada a exposição, porque você tem de falar tantas vezes que chega uma hora que pode dizer algo que não deve ou uma solene bobagem. Mas acho que está na proporção do interesse do brasileiro no futebol e na Seleção Brasileira.

Sua identificação com o Corinthians é grande, mas ao mesmo tempo não há tanta rejeição por parte dos rivais. Você acha que pode repetir o Marcos, que é um ídolo nacional, embora seja palmeirense?

Desde o Grêmio, eu sempre tive o respeito dos torcedores do Internacional. E em São Paulo isso não mudou. Depende agora do trabalho. Para início de projeto, esse ambiente é ideal, para ter credibilidade e respeito. Agora vai depender de conquistar algo importante pela Seleção e poder, sem dúvida nenhuma, ser considerado um personagem nacional do futebol, acima da cor clubística.

A ascensão do Guarani de Venâncio Aires para a seleção brasileira foi rápida, é verdade. Mas depois que você se consagrou no Corinthians, realmente não pensou ou sonhou dirigir a Seleção Brasileira? (confira a linha do tempo de Mano abaixo)

Não pensava e não sonhava sobre isso mesmo. E acho que isso deve ser uma coisa bem natural. Podem até pensar que estou sendo demagogo, mas olhem só quantos fatores aconteceram nos últimos dias para eu ser técnico da Seleção Brasileira (risos). Então você imagina falar, ou pensar, nisso seis meses ou um ano antes. Não tem como fazer previsão. Três dias antes de eu ser o técnico tinha cinco, seis situações diferentes. O que cabia a mim era fazer o melhor pelo Corinthians. E depois, se a seleção fosse escolher um novo técnico, estar apto.

No interior do Rio Grande do Sul, as pessoas que te conhecem falam muito do seu carisma. Mas à exceção da beira do campo, você parece sempre muito contido. Você acha que esse é o seu real carisma?


Acho. A exposição demasiada criar um desgaste na mesma proporção. Desde criança eu fui um ouvinte assíduo de rádio. Essa era a realidade do interior. Você conhecia as pessoas pela voz, pelo tom, pelas colocações... E eu costumo lembrar muito do técnico Ênio Andrade. Ele sempre falava menos do que você esperava. E hoje acho isso uma sabedoria. Quando você abre demais as questões é perigoso, porque no futebol você ganha e perde. Saber o ponto dessa situação, dessa relação é importante para chegar ao tão falado e conhecido carisma. Felipão me disse certa vez que técnico não era professor, porque não tem de dar aula sobre como ganhar, tem é de ganhar o jogo.

Como você considera sua relação com a imprensa?


Boa. Eu tenho algo importante nessa relação: não fico bravo com algo que você escreva e eu não concorde. A menos que seja falta de respeito. O restante não me incomoda. Os jornalistas têm uma visão, é o trabalho deles. Analisar um jogo ou dar uma opinião diferente da minha é super normal. Se você me faz uma crítica que não concordo sou capaz de sentar minutos depois e te atender da mesma maneira que alguém que me fez um elogio. Querer saber quem te criticou, quem falou mal, só atrapalha. Cria um desgaste desnecessário. Não posso sentar em uma coletiva com raiva de alguém, porque já posso criar uma animosidade.

Você se prepara antes de uma entrevista?

Sim. Eu leio bastante. Mas é importante nessa relação ninguém ir armado. Até porque eu falo com total sinceridade que nunca menti para você. Às vezes eu não posso falar tudo. Por exemplo, se eu tiver um jogador com o tornozelo ruim, eu não vou falar. Se você me perguntar se ele tem o problema, eu vou tentar desviar. Até porque isso pode servir de arma para o adversário. Mas eu jamais vou oficializar uma informação e depois negar. Não quero que ninguém olhe para mim e diga que eu menti. Tenho de ter o compromisso de falar a verdade.

Agora que você é técnico da Seleção Brasileira, sua exposição será mundial. Está se preparando para falar outro idioma?


Eu estou me preparando para falar inglês, mas ainda não tenho toda a coragem necessária (risos). Mas vou falar, certamente. Não vou dar entrevistas ainda, mas acho isso uma questão importante, que eu já vinha mostrando uma preocupação antes de assumir a Seleção. Até porque tem muitos artigos em inglês e espanhol, que é um idioma mais familiar para mim. O mais interessante de tudo isso, porém, é mostrar que o técnico brasileiro também tem essa visão.

O fato de o Dunga ter tido uma relação conturbada em vários aspectos vai te ajudar a ter um início mais suave na Seleção Brasileira?

As duas últimas Copas terão influência direta na postura que vamos ter agora. Em 2006 discutiram muito sobre a derrota na Copa e se a maneira aberta como foi conduzida influenciou. E por isso se fechou tudo no último Mundial. Mas também não ganhamos. Acredito que todos estão mais maduros para essa nova relação.

Qual você acha que foi o legado deixado pelo Dunga?


Eu até falei na minha apresentação da parte tática, mas eu acho realmente que o principal foi a recuperação do respeito pela Seleção Brasileira. Estou falando isso pelo trabalho como um todo, não apenas pela Copa do Mundo. Lá no começo, em 2006, havia a discussão dos jogadores que queriam isso, queriam aquilo, não queriam isso... E o Dunga recuperou o que significa a Seleção.

Até para ajudar na manutenção dessa identidade, você estuda fazer amistosos no Brasil, para manter a torcida em contato?

É uma ideia da entidade e penso da mesma maneira. Agora para a próxima temporada nós teremos o acerto de dois jogos com a Argentina, que serão disputados somente por jogadores que atuam nos dois países (a Copa Roca). É importante ter esse contato, porque a próxima Copa do Mundo vai ser no Brasil. Temos de ver a questão dos estádios, o que vai estar em reforma, mas é importante aproximar o time do torcedor, para que ele se sinta parte do processo.

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