Chico exibe o vinho que Mano mais gostava (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)
No pórtico de entrada de Venâncio Aires, município de 70 mil habitantes no interior do Rio Grande do Sul, há a seguinte inscrição: “capital nacional do chimarrão”. Desde a última segunda-feira, no entanto, outra frase poderia fazer companhia a essa. Talvez “cidade que formou o atual técnico da Seleção Brasileira”. Até porque em cada esquina da pequena cidade gaúcha há uma história relacionada a Mano Menezes, que nasceu em Passo do Sobrado, mas foi “adotado” pelo local.
A começar por um restaurante na avenida principal de Venâncio Aires. Especializado em carnes, o Bifão era um antigo parceiro do Guarani-RS, clube em que Mano Menezes foi zagueiro no final da década de 80 e treinador em outras quatro oportunidades (1997, 1999, 2002 e 2003). Era lá que o então comandante do Rubro-Negro almoçava e jantava com seus jogadores. Como lembra o dono do local, o atual técnico da Seleção era quem comandava as resenhas.
- O Mano era um parceiro da casa. Vinha sempre aqui. Ele é um cara muito bem quisto em Venâncio Aires e adorava ficar aqui conversando. Era ele quem liderava as resenhas. Sempre foi um sujeito cabeça aberta, muito inteligente. Eu servia o almoço dos jogadores e ele estava aqui no almoço e na janta. Não me lembro ao certo o que ele costumava pedir para comer, mas ele nunca foi fresco. Comia de tudo – contou Gilberto Léo Genz, de 51 anos, mais conhecido como Chico do Bifão.
Proprietário do restaurante desde 1982, Chico acompanhou o crescimento profissional de Mano Menezes bem de perto. Até porque o seu estabelecimento é um reduto esportivo e político da região. Por lá se encontram dirigentes e jogador do Guarani, assim como vários políticos e militantes da região.
- É muito bom poder ver o crescimento do Mano. Aqui na cidade todos ficaram muito felizes de vê-lo ser contratado pela Seleção Brasileira. O Mano sempre foi um cara dedicado no futebol – acrescentou o dono do local.
Chico do Bifão e Mano Menezes, porém, chegaram a ser “rivais” em determinado momento. Mas não pode questões esportivas, mas sim comerciais.
- Fomos concorrentes certa vez, porque o Mano tinha o Verde Bar aqui em Venâncio Aires. Era um bar no centro, que agora não existe mais – contou Chico.
Passado esse momento, Mano Menezes não só almoçava e jantava em várias oportunidades no Bifão, como também escolhia o lugar para fazer uma das coisas que mais aprecia atualmente: degustar um bom vinho.
- Naquela época ele adorava tomar o Marcus James, que é feito em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha... – lembrou Chico Bifão.
No próximo dia 10 de agosto, no amistoso da Seleção Brasileira, contra os Estados Unidos, em Nova Jérsei, é certo que as televisões desse restaurante estarão ligadas no jogo do Brasil, com todos de olho naquele que um dia comeu naquelas mesas.
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