Policiais seguram torcida na chegada do ônibus com os jogadores (Foto: Mayra Siqueira / Globoesporte.com)
Antes mesmo da definição da participação dos estádios paulistas da Copa do Mundo de 2014, a preocupação com a segurança está na pauta da polícia do estado. Nesta manhã de terça-feira, foi realizada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo a primeira simulação de segurança em estádios, visando à preparação de oficiais para receber a Copa das Confederações em 2013 e Mundial de 2014, no Brasil.
- O treinamento é visando ao combate ao terrorismo. Qualquer país no mundo está sujeito a isso. A PM, no seu dia a dia, já tem grupos capazes de defesa no caso de terrorismo, e esta é uma atividade para isso. Existem autoridades que podem estar no estádio, que precisarão ser evacuadas do local, além de brigas de torcedores, etc – afirmou o comandante do Comando de Operações Especiais (COE), Luiz Renato Fiori.
Porém, para o major Leandro Agostini, um dos instrutores do Curso de Especialização e Seguranças em Praças Desportivas, o foco principal é o legado que será deixado para o futebol nacional após o Mundial.
- Estamos de olho em 2015. Queremos um serviço melhor sempre. Não adianta fazermos um show em 2014 e depois abandonar tudo isso. Tem que haver um legado, e é nisso que pensamos com todo esse processo de treinamento. Queremos mudar a conduta dos policias nos estádios e a também a conduta da torcida. Eles sabendo do aumento na fiscalização e punição, já mudarão a postura – afirmou o oficial.
O evento no estádio do Pacaembu serviu para testar os conhecimentos adquiridos por alunos de diversas unidades de policiamento do país durante o curso, e durou cerca de três horas. Contando com 200 policiais, além de 150 “figurantes”, que simularam um grupo de torcedores, os 34 alunos do curso, 14 deles de outros estados, participaram de diversas situações de perigo que podem envolver jogos do Mundial. Os policias em treinamento acompanharam o processo desde a chegada da torcida até o desarme de uma bomba, evacuação de autoridades do estádio até resgate de torcedores feridos, com atuação dos bombeiros e pouso de helicóptero em campo.
A ideia-chave do curso é expandir a tecnologia de São Paulo para além dos limites do estado. A troca de informações com os profissionais de outras regiões, em especial as que receberão o Mundial, é o principal objetivo.
- A gente sempre troca experiências. Aqui em São Paulo, exportamos bastante tecnologia, inteligência policial e afins, mas recebemos muitas ideias e compartilhamos tudo isso – afirmou o major Marcel Soffner, assessor de imprensa da PM.
- Já estamos pensando também na padronização de conduta e até de uniforme, pois é mais fácil até para os estrangeiros identificarem os policias nos jogos. Este é um curso único na América Latina – explicou o major Leandro.
Serão dois simulados por ano até 2014, com a ideia de promover 70 capacitados em cada ano, para serem multiplicadores da informação em seus respectivos estados. O curso começou no dia 9 de agosto e termina nesta sexta-feira, dia 27. A simulação contou com policiais do 2º Batalhão da Polícia de Choque, Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), o canil, o COE, policiais do Radiopatrulhamento local, bombeiros e também do Grupamento Aéreo da Polícia Militar.
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