Mano Menezes, agora na Seleção Brasileira: auge do sucesso (Foto: CBF)
Venâncio Aires, fevereiro de 2002. O relógio já marcava mais de meia-noite quando José Ademir Melchior, o Zecão, então presidente do Guarani-RS, ligou para a casa de Mano Menezes. A mulher do técnico, Maria Inês, atendeu e passou ao marido, que foi “intimado” a sair de Santa Cruz do Sul, a 30 quilômetros, para uma reunião.
Em pauta, a contratação de Mano para ser, pela quarta vez, técnica da modesta equipe do interior do Rio Grande do Sul. Mal na tabela do Campeonato Gaúcho, que naquele ano não contava com Inter, Grêmio, Juventude e Caxias, participantes do Torneio Sul-Minas, o time via no treinador uma espécie de salvador.
Desempregado e precisando de dinheiro, o agora técnico da Seleção Brasileira pediu R$ 2,5 mil mensais para assumir o Rubro-Negro. Era um salário compatível ao maior do elenco do Guarani. Zecão, então, fechou contrato com o comandante, mas foi surpreendido com um pedido: o de prêmio em caso de “salvação”.
- Eu falei a ele que queria um prêmio para tirar o time do rebaixamento e ele me ofereceu R$ 10 mil – contou Mano Menezes.
Na mesma conversa, instantes depois, o técnico do Brasil foi mais ousado e perguntou a Zecão qual seria o prêmio para o caso de título. O então presidente do Guarani de Venâncio Aires deu risada da cara de Mano e lhe prometeu mais R$ 20 mil em caso de título. Até porque estava descrente da conquista.
Mas sua intuição estava errada. Mano Menezes levou o Guarani à inédita conquista do Estadual e voltou para casa com R$ 30 mil extras. Ali era apenas o começo da trajetória de sucesso de um treinador que ganhar mais de R$ 350 mil mensais no Corinthians e agora recebe R$ 300 mil da CBF para dirigir a Seleção Brasileira.
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