Treinador diz que atacante agiu por instinto e ataca jornalistas ingleses que, segundo ele, acham que o artilheiro uruguaio foi desonesto
O técnico Oscar Tabárez, do Uruguai, é um sujeito tranquilo. Tem fala mansa e bem articulada. No entanto, perdeu um pouco de sua paciência com os questionamentos de jornalistas europeus, sobretudo ingleses, sobre a defesa do atacante Suárez na cabeçada de Adiyiah, de Gana, no último minuto da prorrogação das quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul, na última sexta-feira. O camisa 9 uruguaio usou a mão para evitar o gol adversário. Foi expulso. Na cobrança do pênalti, Gyan mandou no travessão. O Uruguai se classificou vencendo, nas penalidades, por 4 a 2.
Durante a entrevista coletiva do técnico da Celeste, nesta segunda-feira, véspera da semifinal do Mundial, contra a Holanda, um jornalista inglês perguntou a Tabárez se ele não se sentia envergonhado por ter alcançado a semifinal graças a um lance “desonesto” de Suárez.
- O que me dá vergonha é essa trama dos ingleses de especular sobre uma ação que pode ser natural no futebol. O Suárez fez algo instintivo. Além do mais, ele foi punido com a expulsão e proporcionou ao adversário um pênalti no último minuto. Foi muito angustiante para ele. Fico chateado com esse tema – respondeu o treinador.
Tabárez lembrou que houve lances assim em outras Copas do Mundo, como em 1978, no confronto entre Argentina e Polônia, quando o atacante argentino Kempes espalmou um chute adversário. Na cobrança do pênalti, o goleiro defendeu. Assista no vídeo acima a comparação entre os dois lances.
- E naquela época, o jogador que fazia isso nem era expulso... - completou.
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