Alberto Goldman vai se reunir com o presidente da CBF nesta quarta. Projeto de reforma do Palestra Itália ainda não foi analisado pela Fifa
O governador de São Paulo, Alberto Goldman, voltou a descartar nesta quarta-feira a possibilidade da construção de um novo estádio para que a capital paulista sedie a abertura da Copa do Mundo de 2014. Segundo ele, o Morumbi é a única opção.
- O Piritubão está absolutamente fora de cogitação. O Pacaembu é difícil, é um patrimônio tombado, necessita de investimentos grandes e a Prefeitura não tem recursos para isso. Eu vejo apenas como possibilidade, em primeiro lugar, o Morumbi. Poderia-se analisar o Palestra Itália (estádio do Palmeiras, em reformas no momento), que nunca chegou a ser analisado para a abertura - disse o governador em entrevista à Rádio CBN.
Goldman se encontra ainda nesta quarta-feira com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no Palácio dos Bandeirantes. Ele acredita que o encontro não definirá qual estádio paulistano vai ser usado na Copa de 2014, mas será o início de conversas e o estudo de alternativas. Para Goldman, não há pressa para essa decisão, já que a Fifa só deve determinar onde será a abertura dos jogos em 2011.
- São Paulo vai insistir no projeto do Morumbi. Em primeiro lugar, vamos insistir para a abertura seja em São Paulo. Teremos que ter jogos da Copa do Mundo aqui. E também queremos jogos no Brasil na primeira fase da Copa em São Paulo. Não sediar os jogos é algo absolutamente inadmissível. A maior cidade do país não ter jogos é inconcebível. A questão da abertura é importante, achamos que deve ser em São Paulo, mas absolutamente não haverá prejuízos de ordem econômica se não for em São Paulo - avaliou Goldman.
Quando perguntando se o veto ao projeto do Morumbi pela Fifa se tratava de uma briga política, esportiva ou pelos grandes negócios envolvidos, ele disse que “tem tudo isso no meio”.
- Todos os interesses deste tipo estão imbricados, envolvidos nisso. A minha posição de governador é ficar fora de tudo isso. Não tenho briga política, nem esportista. O que me preocupa é que São Paulo seja sede, tenha a abertura e faça todos os investimentos que sejam permanentes, que possam atender a toda a população, que o dinheiro público seja gasto com as necessidades da população - afirmou.
Goldman explicou que não seria possível o governo estadual aplique recursos públicos no Morumbi e no Palestra Itália, que são estádios privados. Ele acredita que a CBF poderá reconsiderar o novo projeto de reforma do Morumbi, que não chegou a ser analisado. Segundo ele, a Fifa e CBF só relataram o projeto inicial, que previa investimentos de cerca de R$ 600 milhões no estádio do São Paulo. Posteriormente, o clube enviou uma proposta de reforma de cerca de R$ 200 milhões.
- Achamos que (esse valor) é suficiente para atender as exigências da Fifa. Esse projeto não chegou a ser analisado pela Fifa - concluiu.
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