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terça-feira, 13 de julho de 2010

'Mais adiantada', Belo Horizonte quer receber a partida de abertura

Presidente do Comitê mineiro garante que está 'tudo dentro do prazo'. Mas ampliação de aeroportos ainda está indefinida

Em 6 de junho, fogos de artíficios foram lançados para a marcar o último jogo do Mineirão antes do fechamento para as reformas voltadas para a Copa do Mundo de 2014

Belo Horizonte acalenta uma meta ousada para a Copa de 2014. A capital mineira não deseja ser apenas uma das 12 sedes. Mas, diante da incerteza em relação ao projeto de São Paulo, quer conquistar o privilégio de receber o jogo de abertura. Partida que atraria a atenção do mundo para a cidade. E que, provavelmente, teria a seleção brasileira em campo. Além disso, Belo Horizonte espera ser a principal sede da Copa das Confederações em 2013. Mas para concretizar estes objetivos precisará ampliar significativamente sua rede hoteleira e expandir a capacidade de seus aeroportos. Esses são os principais pontos de atenção do Comitê Executivo da Copa de 2014, além da reforma do Mineirão.

Mas ao contrário de outras cidades, o estádio, considerada a obra mais importante, está com as reformas em dia. É o que garante o presidente do comitê, Thiago Lacerda.


- Está tudo dentro do prazo. BH é a cidade mais adiantada - assegura.

O projeto do novo Mineirão prevê um investimento de R$ 654 milhões. Ele foi dividido em três fases e está com a segunda em andamento. A primeira etapa – baseada no reforço das estruturas do estádio – está concluída e custou R$ 8,2 milhões.

A segunda, orçada em R$ 3 milhões, tem previsão de ser finalizada em dezembro deste ano. E inclui o rebaixamento do gramado e a demolição da geral e de parte da arquibancada inferior. A verba dessas duas etapas é de responsabilidade do governo estadual.

A fase mais importante é a terceira. Ela compreende todas as obras de modernização do estádio. Serão construídos camarotes, vestiários, acessos facilitados e cobertura para todos os torcedores. A obra será feita através de uma gestão compartilhada entre governo do estado, prefeitura e setor privado.

O edital já foi publicado, e várias empresas demonstraram interesse. A companhia que entrar na parceria terá concessão para operar o estádio por 25 anos, juntamente com o governo de Minas e os clubes de futebol da cidade.


As principais modificações do Mineirão atendem às exigências da Fifa, entre elas a melhor visibilidade, conforto e a segurança para o público. A previsão é que o novo Mineirão esteja pronto em dezembro de 2012, a tempo de sediar a Copa das Confederações no ano seguinte.

Promessa de 15 novos hotéis

Um dos setores em que Belo Horizonte ainda precisa de investimentos maciços é o hoteleiro. Especialmente se realmente desejar o jogo de abertura, uma partida que atrai grande número de autoridades e é uma das mais importantes do Mundial aos olhos da Fifa.

- A situação atual não é ideal. Mas acreditamos que hotel não será problema – afirmou o presidente do Núcleo Gestor das Copas, Tadeu Barreto.

O presidente do Comitê Executivo da Copa de 2014, Thiago Lacerda, conta que serão construídos, no mínimo, 15 novas unidades, sendo seis de cinco estrelas e uma de seis.

- Alguns desses hotéis ficarão prontos para a Copa das Confederações. Cinco já estão em construção. Temos uma lista de 20 projetos feitos por empresas que têm interesse em investir nesse setor - assegura.

Atraso na ampliação de aeroportos

Mas a situação mais complicada em Belo Horizonte é a dos aeroportos. Um estudo encomendado pelo governo estadual indicou a necessidade de um atendimento na faixa de dez a 12 milhões de passageiros por ano. Em 2009, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, comportou pouco mais de seis milhões. Um projeto de ampliação do terminal I de Confins, orçado em R$ 400 milhões, já foi aprovado. Essas obras ampliarão a capacidade para oito milhões de passageiros por ano. Ou seja, um número que ainda seria insuficiente.

- Sabemos disso e pedimos, além da modernização, a construção de um segundo terminal – esclareceu Thiago Lacerda.

Tadeu Barreto reconheceu que Belo Horizonte está atrasada nessa questão, mas se mostrou esperançoso.

- Estamos fazendo a licitação do projeto executivo desse terminal II e esperamos que o governo federal encontre uma maneira de financiamento.

Somente após a conclusão desse projeto, seria possível estimar o investimento necessário para o aeroporto de Confins.

Já o aeroporto da Pampulha, mais próximo do centro da cidade, também necessita de ampliação. O terminal será o responsável por atender a demanda da aviação executiva e também tem, atualmente, capacidade reduzida.

- Nós estamos um pouco atrasados, mas temos condições de correr atrás desse atraso – completou Tadeu Barreto.

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